
Trump ameaça os compradores de petróleo venezuelano com tarifas
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está recorrendo à sua ferramenta política favorita — as tarifas — em uma tentativa de punir aqueles que não estão dispostos a cortar os laços com as exportações de energia da Venezuela. Ele alertou que os países que continuarem a comprar petróleo e gás venezuelanos poderão em breve enfrentar "condições especiais", como restrições comerciais adicionais e uma tarifa de 25% sobre seus produtos que entrarem no mercado dos EUA.
Trump justificou a medida com uma explicação tipicamente não convencional: segundo ele, a Venezuela não apenas exporta petróleo, mas também supostamente envia "centenas de criminosos violentos" para os Estados Unidos, incluindo membros de grandes gangues.
Além disso, Trump acusou o governo venezuelano de nutrir hostilidade contra os Estados Unidos e de não respeitar as liberdades que Washington tanto valoriza. De acordo com o presidente dos EUA, a medida tarifária não é apenas econômica, mas também política e ideológica. As novas tarifas entrarão em vigor em 2 de abril.
Recapitulando, Trump já havia suspendido uma licença dos EUA para importações de energia da Venezuela no final de fevereiro, citando o fato de Caracas não ter cumprido os principais termos de um acordo bilateral. O principal deles era a realização de eleições transparentes. Como nenhuma eleição foi realizada e as exportações de petróleo continuaram, a paciência do presidente parece ter se esgotado.Com essa nova ofensiva econômica, Trump deixa claro que sua política externa continuará a usar tarifas como arma principal. A questão agora é: até onde essa estratégia pode ir?