Depois que o Bitcoin atingiu a marca de US$ 100.000, seus detentores demonstraram uma tendência curiosa: a procura por relógios de luxo, especialmente Rolex, disparou. Essa relação entre criptomoedas e artigos de luxo destaca como a cultura cripto se manifesta em decisões de consumo.

Um exemplo dessa tendência foi compartilhado pelo Luxury Watch Guy, um fornecedor de relógios de alta qualidade, que observou um aumento significativo na demanda por relógios de luxo após a valorização do Bitcoin. A frase “tempo é dinheiro” parece ganhar um novo significado para os investidores de criptomoedas.

Um seguidor revelou que estava envolvido com criptomoedas desde 2021 e que, recentemente, havia vendido uma pequena parte de seus ativos digitais para comprar o relógio de seus sonhos, ilustrando como o enriquecimento rápido pode impulsionar o consumo de itens de desejo.

Esse comportamento reflete uma tendência mais ampla: além de simbolizarem status e exclusividade, relógios de luxo, como os da Rolex, são também vistos como uma forma de preservar capital em tempos de incerteza. Relógios dessa marca mantêm seu valor devido à alta demanda no mercado de segunda mão, produção limitada e a reputação da marca, consolidada ao longo de décadas.

O mercado também oferece opções inovadoras para o público cripto. A Franck Muller, por exemplo, produz relógios inspirados em criptomoedas, que podem ser adquiridos com Bitcoin. Já a Jacob & Co. aceita ativos digitais em suas transações, reforçando a conexão entre o mundo das criptomoedas e o mercado de luxo.

Essa correlação entre o aumento no valor das criptomoedas e o consumo de bens de luxo já foi observada em ciclos anteriores, evidenciando o impacto do rápido enriquecimento sobre padrões de consumo. No entanto, a preferência por relógios destaca uma escolha estratégica: além de atender a um desejo por exclusividade, eles também oferecem uma alternativa confiável para a preservação de valor.