Investidores estrangeiros rejeitam títulos do governo chinês
O mercado de ações da China está enfrentando um momento crítico! De acordo com o Financial Times, os investidores estrangeiros estão se desfazendo dos títulos do governo chinês pelo segundo mês consecutivo. E o motivo para isto, segundo especialistas, é que as medidas de estímulo econômico do governo chinês, destinadas a impulsionar a economia nacional, têm levado os investidores estrangeiros a reduzir suas participações na dívida chinesa. As participações estrangeiras nos títulos do governo do país vêm diminuindo há dois meses, e a tendência de venda não dá sinais de arrefecer.
Analistas atribuem a perda de apelo das ações chinesas ao aumento na emissão de novos títulos pelo Ministério das Finanças do país. Para agravar ainda mais a situação, a volatilidade desses títulos aumentou, impulsionada pela intervenção do governo de Pequim na economia.
A queda prolongada do renminbi e a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA agravaram ainda mais o cenário. Espera-se que o presidente recém-eleito adote uma postura mais rígida em relação à China, incluindo o aumento das tarifas.
No início de novembro, as autoridades chinesas anunciaram novas medidas de apoio, totalizando 10 trilhões de yuans (US$ 1,4 trilhão), com o objetivo de reduzir a chamada “dívida oculta” – dívidas contraídas por governos regionais e municipais, cujo valor exato ainda não está claro. Contudo, especialistas acreditam que a dívida é grande o suficiente para causar sérios problemas a nível nacional.
Ao mesmo tempo, as autoridades de Pequim não mencionaram novas medidas para estimular a demanda interna, vista como um dos principais motores do crescimento econômico. Nesse contexto, as perspectivas econômicas para a China pioraram significativamente, com a maioria das ações apresentando perdas. Nas últimas duas semanas, o principal índice de ações da China, o CSI 300, registrou uma queda de quase 7%.