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EUA e UE podem evitar recessão com queda nos preços do petróleo

EUA e UE podem evitar recessão com queda nos preços do petróleo

Os analistas da Bloomberg indicam que a queda nos preços do petróleo pode impulsionar o crescimento econômico na Europa e nos Estados Unidos. No entanto, essa ideia é vista com certo ceticismo. Apesar disso, alguns economistas acreditam que uma recessão pode ser evitada nas economias desenvolvidas, principalmente nos EUA e na União Europeia. Nesse cenário, esses países poderiam adotar políticas monetárias mais flexíveis, como a redução das taxas de juros, caso o preço global do petróleo caia para US$ 60 por barril.

Esse cenário parece plausível à luz das recentes tendências no mercado global de petróleo. Na terça-feira, 10 de setembro, os contratos futuros de petróleo Brent, que são acordos de compra e venda de petróleo negociados na bolsa de mercadorias de Londres, caíram abaixo de US$ 70 por barril pela primeira vez desde 2021. Com isso, especialistas e participantes do mercado preveem uma possível tendência de queda mais acentuada.

As agências reguladoras globais também estão de olho nesses movimentos. Na quinta-feira, 12 de setembro, o Banco Central Europeu anunciou um corte nas taxas de juros de 25 pontos-base, o que equivale a 0,25%. No caso da Reserva Federal, o mercado espera uma flexibilização na política monetária durante a próxima reunião, em 18 de setembro. Peritos do setor acreditam que atualizações nas previsões sobre o petróleo poderão esclarecer a postura dessas instituições.

Por outro lado, os analistas do JPMorgan e do Citigroup alertam para uma possível tendência de queda prolongada nos preços do petróleo até 2025. Eles preveem que o crescimento econômico global modesto será acompanhado por um aumento na oferta de hidrocarbonetos. A Trafigura já havia antecipado essa tendência, prevendo que os preços do petróleo poderiam cair para US$ 60 por barril. De acordo com observadores do mercado, os preços atuais do petróleo bruto estão nos níveis mais baixos dos últimos 20 anos, desde o aumento da demanda chinesa.

Embora as economias desenvolvidas possam não responder de imediato aos estímulos de crescimento, especialistas acreditam que, eventualmente, esses países ganharão impulso. As famílias sentirão o alívio com a queda da pressão inflacionária, o que abrirá caminho para o aumento da renda real e da demanda.

Recentemente, observadores do mercado perceberam que, pela primeira vez em muito tempo, a OPEP e seus aliados enfrentaram dificuldades para definir uma estratégia clara em resposta à queda dos preços do petróleo. Embora tenham anunciado um aumento nas cotas de produção, a implementação da medida foi adiada por dois meses. Os principais exportadores de petróleo ainda não divulgaram seus próximos passos. O grande desafio para o cartel é a crescente produção de petróleo fora da OPEP, que ameaça reduzir sua participação no mercado global.

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