A Boeing está enfrentando grandes desafios relacionados à segurança da aviação e à produção de aeronaves, questões críticas que demandam atenção. No início de julho, foi divulgado que a Boeing planeja comprar a Spirit AeroSystems Holdings Inc por US$ 4,7 bilhões como parte de sua estratégia para enfrentar a crise de segurança em curso.

O principal fabricante de aeronaves deve pagar US$ 37,25 por ação da Spirit em um acordo de troca de ações avaliado em US$ 4,7 bilhões. O valor total da transação é de US$ 8,3 bilhões, incluindo a dívida líquida do fornecedor de peças.

Patrick Shanahan, CEO da Spirit Aero, afirmou que unir a Spirit e a Boeing permitirá uma maior integração das capacidades de fabricação e engenharia de ambas as empresas, incluindo sistemas de segurança e qualidade.

Como parte do acordo, a Spirit será dividida, com alguns de seus ativos indo para a fabricante de aviões francesa Airbus Group SE devido a preocupações antitruste. Além disso, o acordo exige que a Spirit encerre suas operações na Malásia, Escócia e Irlanda do Norte.

A Spirit, que foi separada da Boeing em 2005, está agora sendo reintegrada sob sua gestão. A Boeing enfrenta atualmente tempos turbulentos devido a um novo escândalo de segurança envolvendo a abertura de uma porta em pleno voo de um jato 737 MAX, revelando sérios problemas de segurança e qualidade.

Esta crise surge após dois trágicos acidentes envolvendo os jatos 737 MAX, que resultaram na morte de mais de 350 passageiros em 2018 e 2019. Isso desencadeou uma intensa investigação regulatória sobre a empresa. Segundo a Reuters, o Departamento de Justiça dos EUA visa apresentar acusações de fraude criminal contra a Boeing devido a esses incidentes.