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BRICS enfrentam grandes dificuldades em desafiar a hegemonia do dólar americano

BRICS enfrentam grandes dificuldades em desafiar a hegemonia do dólar americano

A desdolarização, amplamente discutida e tentada, não teve sucesso, desmotivando os países do BRICS. Segundo o Atlantic Council, a desdolarização proclamada pelos países da aliança não teve impacto significativo.

Muitos analistas acreditam que a posição da moeda americana não deverá mudar no futuro próximo e a médio prazo. Além disso, o domínio do dólar aumentou muito nos últimos tempos. Isso foi facilitado por fatores como a forte economia dos EUA, o aperto da política monetária do Federal Reserve e os crescentes riscos geopolíticos.

Atualmente, o dólar mantém sua posição como a principal moeda de reserva, tanto em fundos de reserva quanto em transações financeiras globais. E, segundo um estudo do Atlantic Council GeoEconomics Center, os esforços dos BRICS para reduzir sua importância foram em vão.

Anteriormente, foi relatado que as sanções ocidentais impostas à Rússia aumentaram a fragmentação econômica, incentivando os países do BRICS a considerarem a criação de sua própria união monetária. No entanto, até o momento, o grupo não fez progressos nessa questão, pois as negociações sobre a criação de um sistema de pagamento na aliança estão ainda em seus estágios iniciais. Especialistas do Atlantic Council acreditam que será difícil estabelecer acordos em larga escala.

Algumas moedas, como o yuan chinês e o euro, estão tentando competir com o dólar americano, sem produzir resultados significativos. As autoridades chinesas sustentam a liquidez do yuan por meio de linhas de swap, que permitem a um banco central obter liquidez em moeda estrangeira junto ao banco central emissor da moeda em questão. Apesar disso, a participação do yuan nas liquidações globais diminuiu significativamente.

Em 2022, esse número atingiu o pico de 2,8%, mas no ano passado caiu para 2,3%. Os analistas enfatizam que a moeda europeia está enfraquecendo gradualmente e não tem condições de competir com o dólar. As sanções contra a Rússia demonstraram que o euro, em termos de riscos geopolíticos, não tem nenhuma vantagem sobre o dólar. Os problemas macroeconômicos e de governança financeira na zona do euro estão exacerbando a situação, reduzindo o interesse na moeda única.

No outono passado, Elsa Lingos, chefe global de estratégia cambial da RBC Capital Markets, criticou o processo de desdolarização global o chamando de "extremamente lento”. Ela observou que, apesar dos choques recentes, o dólar continuavam a ser usado mundialmente. Lingos também destacou que até mesmo o congelamento dos ativos russos não diminuiu a preferência pela moeda americana.

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